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terça-feira, 19 de junho de 2012

Seminário discute as diretrizes de trabalho para a educação no campo


CONSELHO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL DE MINAS GERAIS
CONSEA-MG


Seminário discute as diretrizes de trabalho para a educação no campo

 

QUARTA-FEIRA, 30 DE MAIO DE 2012



Termina amanhã, dia 31 de maio, o ‘1º Seminário de Educação do Campo’ que está sendo realizado no auditório do Hotel Fazenda Canto da Siriema, em Jaboticatubas. São mais de 400 pessoas representantes de instituições ligadas à educação e a educação do campo. O encontro está tendo o apoio da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e conta ainda com a participação de representantes do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (CONSEA-MG). 

Os participantes irão reunir propostas dos diversos setores e aquelas aprovadas na plenária final serão encaminhadas para o Governo de Minas para apreciação.

O Seminário surge da importância da educação do campo, dada a complexidade dos grupos sociais que se inserem neste contexto. “Comunidades indígenas, áreas remanescentes de quilombos, famílias agrícolas que possuem um sistema escolar diferenciado, conhecido por ‘pedagogia de alternância’, além dos assentamentos rurais compõem, em suma, estes grupos que necessitam de programas educacionais diferenciados, para que atendam melhor seus anseios e particularidades”, destaca a Soraya Hissa.

Nas escolas indígenas, por exemplo, existem projetos de recuperação da cultura da etnia, inclusive, no campo linguístico. Os quilombolas também possuem projetos pedagógicos relacionados à memória, que necessitam de orientações de execução especiais.

Os alunos de escolas famílias agrícolas já possuem também uma metodologia de ensino diferenciada. Alunos de pequenas propriedades agrícolas do ensino médio recebem recursos da União para frequentarem, além do ensino normal, um curso complementar de técnicas agrícolas. E por esta razão, os jovens possuem um regime letivo diferenciado, pois alternam 15 dias na escola e 15 dias em casa, e aplicam no campo aquilo que aprenderam em sala de aula. A mesma preocupação se aplica a crianças e adolescentes dos assentamentos rurais.

O seminário conta com representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Conselho de Educação do Estado (CEE), a Associação Mineira das Escolas da Família Agrícola (AMEFA), a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), o Conselho dos Povos Indígenas de Minas Gerais (COPIMG), CONSEA-MG, Subsecretaria de Agricultura Familiar, entre outras.

Ana Lúcia Gazzola – Secretária de Estado da Educação


“Esse é o primeiro seminário de Minas Gerais sobre a Educação no Campo, coordenado pela Secretaria de Educação. O que estamos vendo aqui é uma mudança de patamar com uma construção solidária de um verdadeiro mutirão pela educação do campo e também pela educação como um todo.

Um projeto educacional de um Estado não mereceria esse nome se não acolhesse as diversidades e as dimensões educacionais que precisamos desenvolver.
Seguramente é um grande débito com os povos do campo para o reconhecimento de suas especificidades e suas diversidades e para que possamos criar e consolidar a educação de qualidade com uma boa escuta das demandas e expectativas dos povos no campo.

O governo foi muito bem representado pelas Secretarias de Estado, pelo Consea, pelo Conselho Estadual de Educação, universidades, escolas, movimentos e entidades, enfim...um movimento que é um verdadeiro mutirão e que vai definir diretrizes importantes e que caberá à SEE implementar e desenvolver. Acho que é um grande momento que também é histórico. Mas é muito importante que este momento se desdobre em ações efetivas e em integrações transformadoras que, seguramente, como um coletivo, seremos capazes de criar”.

Maria Ceres Pimenta – Consultora e coordenadora do Grupo Temático de Educação para o Campo


“Trabalhamos durante um ano preparando este seminário. O documento final será transformando em propostas e diretrizes da área de educação do campo a serem encaminhadas à SEE e a outros entes federais (MEC, secretarias municipais, entre outros).

A nossa expectativa é que a gente consiga, de forma compartilhada, uma participação de órgãos governamentais e dos movimentos sociais que representam os sujeitos que estão no campo. Onde sejamos capazes de identificar o que caracteriza essas demandas e transformá-las em diretrizes.

Acreditamos que a política pública tem que ter a responsabilidade do Estado, mas tem que ser construída de forma compartilhada com as populações. Por isso investimos na preparação desse seminário. Estamos aqui com representantes de diferentes organizações e movimentos sociais presentes no campo e sabemos que vamos ter então a possibilidade de ter uma discussão fértil, que englobe a diversidade, as especificidades, mas que identifique principalmente o direito à educação de qualidade para todos no campo ou na cidade.

Edmar Gadelha – Subsecretário de Agricultura Familiar


“O Primeiro Seminário de Educação no Campo é uma realização de um sonho, Há muito tempo a população do campo, as diversidades das populações, dos povos e das comunidades tradicionais vinham reivindicando que o Estado assumisse um protagonismo desse processo.

A gente considera a realização desse encontro uma vitória. O importante disso tudo é uma educação no campo contextualizada e a realidade em que se encontra no campo e na perspectiva de construção de um modelo de desenvolvimento em bases sustentáveis.

É nessa perspectiva que a gente acredita que possa contribuir para que alcance a dignidade no campo, que os direitos sejam cumpridos (econômicos, culturais e das diversidades dessas populações).

É a primeira vez que o governo promove um seminário com a participação direta das comunidades, dos movimentos sociais, das organizações para se discutir as políticas a educação no campo em Minas Gerais”.

Acompanhamento das discussões

O Grupo de Trabalho Educação do Campo, comissão de estudos criada em janeiro deste ano para discutir as diretrizes estaduais de ensino para as escolas rurais de Minas Gerais, ganhou uma página no portal da Secretaria de Educação. O espaço funciona como mais um link para pesquisa e intercâmbio na área educacional.

Para acessar o site, basta acessar o endereço www.educacao.mg.gov.br/gtcampo ou clicar na logomarca do Grupo de Trabalho na barra lateral esquerda da página principal da Secretaria de Estado de Educação.

Bruno Mello

Nutricionista
Assessor Técnico CONSEA-MG
Tel.: (31) 3915-0928

CONSEA-MG - Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais

Cidade Administrativa Tancredo Neves - Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n
Prédio Gerais - 14º andar - Bairro Serra Verde - Belo Horizonte/MG - CEP: 31.630-901

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